Entenda mais sobre os transtornos alimentares

Imagem via Pexels: Alexandr Podvalny

Os transtornos alimentares são transtornos psiquiátricos e são caracterizados por perturbações persistentes na alimentação, por padrões de comportamentos alimentares inadequados que comprometem negativamente a saúde física, a saúde mental e o funcionamento psicossocial do indivíduo (DSM-5 - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Os transtornos alimentares mais comuns são anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar, mas também existem a pica, a ruminação e o transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE). Nessa postagem vou me atentar aos 3 principais:

- A Anorexia Nervosa é caracterizada pela baixa ingestão de calorias por meio de restrições rigorosas, por muito medo de engordar, por perturbações com o peso e a forma corporal, podendo haver distorção da imagem corporal.

- O Transtorno da Compulsão Alimentar é caracterizado pela presença de episódios de compulsão alimentar (consumir grande quantidade de alimento um curto espaço de tempo), as vezes às escondidas, e acompanhados de uma sensação de perda de controle, de sentimento de culpa, de aversão e de vergonha.

- A Bulimia Nervosa tem como característica a apresentação de episódios de compulsão alimentar e presença de comportamentos compensatórios inadequados, por medo de engordar.

Desenvolver um transtorno alimentar não tem relação com sexo, idade, gênero, raça, orientação sexual, etc. A maioria dos casos diagnosticados são em mulheres, mas isso não exclui a presença desse transtorno em homens. Podem afetar qualquer pessoa, não existe uma única causa.

Quanto mais cedo identificados, maior a chance de recuperação! Porém, sabemos que muitos comportamentos que envolvem os transtornos alimentares são validados pela sociedade (como fazer dieta!) e a minoria das pessoas que sofrem com o corpo e com a comida procuram ajuda, seja por não reconhecerem o problema, falta de informação, ou por vergonha ou questões financeiras. Mas, vale frisar que é possível voltar a se relacionar de maneira mais saudável com a comida e com o corpo mesmo com o diagnóstico de transtorno alimentar - a recuperação é possível!

O tratamento não é "só comer" ou "só parar de comer". Muitos comportamentos causam angústia, sofrimento mental e físico. É preciso acompanhamento com profissionais especializados, no mínimo com profissionais da psicologia, psiquiatria e nutrição, podendo se estender para educadores físicos, fisioterapeutas, entre outras especialidades médicas.

Se você desconfia de problemas com a comida e com seu corpo, ou se acha que isso está acontecendo com alguém que você ama, procure ajude especializada!